Advogado Ércio Quaresma convence Bruno a mantê-lo em sua defesa

O advogado Ércio Quaresma deixou a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (5), após se reunir com o goleiro Bruno Fernandes, que havia dispensado os seus serviços. Quaresma afirmou que o jogador voltou atrás e que ele continua o defendendo das acusações de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio.
“O que aconteceu foi o seguinte: ele está preso há 75 dias. Tudo o que chega da rua é que eu não presto, que eu não valho nada, que eu só faço coisa errada. Então chegou uma hora que ele acabou se convencendo disso”, revela Ércio Quaresma ao comentar a decisão de Bruno de tirá-lo do caso.
Segundo o advogado, ele foi surpreendido nesta tarde com a notícia de que Bruno havia nomeado outro profissional para defendê-lo. “Uma advogada, que inclusive é minha conhecida, conversou com ele pela manhã e o convenceu a assinar uma procuração nomeando-a como sua nova representante. Nem posso dizer que ela agiu de má fé”, diz.
Tão logo recebeu a notícia, Quaresma foi até a penitenciária conversar com o jogador. “Cheguei lá e encontrei também a advogada, então conversamos os três. Em cinco minutos de conversa ele optou em continuar com os meus serviços”, afirma.
Ércio Quaresma afirma que Bruno está muito debilitado. “Ele está mal, muito mal. Inclusive essa decisão de me tirar do caso é fruto de instabilidade mental e física dele. Vamos ver até quando a Justiça vai tentar matá-lo, já que reiteradamente ele tem passado mal”, avalia.
Atendimento médico
Nesta terça-feira (5) o goleiro Bruno precisou ser levado para a Policlínica de Contagem depois de passar mal na penitenciária.
De acordo com Secretaria de Defesa Social, ele sentiu dores de cabeça e fez vômito. Ele recebeu atendimento médico na enfermaria da penitenciária antes de ser levado para a clínica, onde recebeu soro.
No dia 23 de setembro, pouco depois de voltar do Rio de Janeiro, o jogador foi submetido a exames no  Hospital Socor, na capital. Por meio de nota, o cardiologista Odoni Zanotti, responsável pelo atendimento, informou que Bruno apresentava um quadro de depressão.
O quadro depressivo de Bruno teria se manifestado enquanto ele esteve no Rio de Janeiro, onde ele e Macarrão passaram 28 dias para audiências do processo que respondem naquele Estado por agressão e cárcere privado contra Eliza Samudio.