Por mais uma vez a Comissão dos Direitos Humanos esteve em Caratinga, desta vez convencida e convicta de que há realmente torturas no presídio. Um encontro repleto de denúncias de familiares de detentos, revoltados e pedindo por justiça diante estes atos de agressão a detentos e abuso de autoridade por parte dos funcionários.
De acordo com o Presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia, Durval Ângelo, a audiência pública da tarde desta segunda-feira (21/06) teve como objetivo sensibilizar, através de uma mobilização maior, as autoridades responsáveis a tomarem as providências necessárias mediante o que foi apurado.
O Diretor de Segurança do Presídio de Caratinga, Nilton Rodrigues Júnior, que está afastado do cargo para que as investigações tenham continuidade, foi um dos principais alvos das denúncias de torturas e outras alegações que também estão sendo apuradas, como improbidade administrativa.
As denúncias coincidem. Muitos familiares puderam fazer o uso da palavra na tribuna e dentre o que foi dito por várias pessoas as coincidências foram grandes. Situações humilhantes e que muitas vezes deixavam os familiares receosos em dizer o nome dos familiares que estão no presídio por medo de futuras retaliações.
O Diretor de Segurança Interna, Luís Carlos Alonso, foi nomeado para assegurar que estas agressões não voltassem a acontecer principalmente após os relatos dos familiares e mesmo dos detentos. Ele deixou bem claro que as famílias podem ficar tranquilas pois ele estará cuidando da segurança dos presos.
O Juiz de Direito, Dr Alexandre Ferreira, afirmou que o estado é obrigado a dar garantias aos presos de viverem com dignidade. E reiterou ainda que todas as denúncias feitas serão encaminhadas também para a Delegacia de Polícia Civil de Caratinga.
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