Entulhos mudam curso do rio, ameaçando imóveis próximos

No dia 5 de setembro a parte dos fundos da Pensão Ribeirão desabou, em um desastre que resultou na morte de 4 pessoas. Agora, quase 20 dias desde a tragédia, as toneladas de entulho permanecem no lugar, bloqueando a passagem do rio Caratinga. As águas mudaram de curso e começaram a levar consigo parte do barranco que suporta a estrutura do prédio da UNEC. A preocupação de todos é que a estrutura se fragilize e venha a ceder, diante do peso de alunos, funcionários, e da piscina situada no último andar. “Antes eram cerca de três metros de margem entre a parede e o rio. Agora esta distância diminuiu consideravelmente, e se continuar deste modo pode afetar a estrutura do prédio” – informou o gerente administrativo da UNEC, Sudário Pereira Filho.
O eletricista Luiz Carlos Rodrigues, conhecido como Luizão, tem duas netas que estudam na escola Professor Jairo Grossi e está preocupado com a situação. Ele não as deixa mais freqüentar a piscina por medo de que o pior venha a acontecer.
Seu Luizão também possui uma oficina próxima ao rio. Ele se preocupa diante da possibilidade de enchentes com o as chuvas que se aproximam e o represamento das águas pelos entulhos. “Não sou só eu que estou preocupado, são todos por aqui. Afeta a todos nós.” – ressaltou Luizão.
Hoje chegou uma boa notícia para Seu Luizão, os freqüentadores da escola e todos que moram ou trabalham próximo à ponte. Segundo o Delegado Armando Avolio, o trabalho de perícia da Polícia Civil foi concluído e os entulhos já podem ser retirados. Resta apenas a perícia do solo abaixo dos entulhos. A prefeitura informou que, tão logo a polícia civil entre em contato, será agendada a retirada dos entulhos.