PM reage a assalto e é morto em BH

O cabo-PM Marcos Antônio da Silva, de 43 anos, morreu na segunda-feira à noite depois de reagir a um assalto. Ele se preparava para abrir o portão da garagem de sua casa, na Rua Veneza, 311, Nova Suissa, Oeste da capital, quando foi abordado por dois homens. Segundo testemunhas, o cabo sacou sua arma, mas foi baleado no tórax e virilha antes que pudesse atirar. Marcos morreu no local, enquanto os ladrões fugiram a pé em direção à Avenida Barão Homem Melo. Dezenas de viaturas da Polícia Militar saíram em busca dos criminosos. Minutos depois, um suspeito foi abordado pelos PMs na Rua dos Junquilhos, no mesmo bairro. Ele reagiu e foi baleado. Militares o levaram para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas ele não resistiu. O tenente-coronel Márcio Cassavari, comandante do 22º Batalhão da PM, assegurou que o homem morto teve participação no assassinato do cabo. “Com ele foi apreendido um revólver calibre 38, que foi roubado do militar morto. Testemunhas também o reconheceram como sendo um dos dois homens que atacaram o cabo. Ao ser abordado ele reagiu mas, antes que atirasse, foi baleado pelos militares”, afirmou Cassavari. O oficial disse que várias informações chegaram pelo telefone 181 do disque-denúncia. Numa delas, a pessoa dizia que um suspeito armado estava sobre a laje de um imóvel na Rua Joaquim Nabuco, mas chegando no local, os policiais não encontraram o homem. Durante toda noite, foram realizadas buscas na região vizinha ao Nova Suissa, já que os bandidos fugiram a pé e a polícia acreditava que seriam da área. Para o tenente-coronel Cassavari, tudo indica que o cabo foi mesmo vítima de uma tentativa de assalto. Moradores da rua disseram que a casa em que o militar morava, que é herança de família, foi invadida há alguns meses, depois que ficou fechada. O cabo teria ido morar no imóvel para evitar novas invasões, mas não há registro de que ele tenha tido atrito com as pessoas que ocuparam irregularmente o imóvel. Marcos Antônio atuava na 20ª Companhia do 16º BPM, de onde estava de licença para fazer o curso de sargento no Centro de Ensino Técnico da PM. Separado, ele deixa um filho de 18 anos. Segundo colegas de farda, era um policial com quase 20 anos na corporação, que tinha ficha limpa e, por isso, teve aprovação para fazer o curso para sargento.